Carnaval - O que tem por tráz? Brasileiro gosta? É uma festa do povo e brasileira? Jornalista levanta as questões:

Você gosta do carnaval? Será que o carnaval é uma festa genuínamente brasileira? Os brasileiros realmente gostam do carnaval? É uma festa "do povo"? Quem realmente "se diverte" (ganha) com o carnaval? A jornalista Rachel Sheherazade fez um editorial polêmico onde nos mostra uma realidade um pouco "diferente" sobre o carnaval. Nesse vídeo, ela descreve pontos importantes e polêmicos.
Muitas pessoas, assim como eu, pensam exatamente assim, como a jornalista Rachel Sheherazade. Quem realmente se beneficia com o carnaval? Veja o vídeo e abaixo estão as considerações dela com outras fontes associadas. LEIA as considerações, que são muito importantes, afinal acabam de um jeito ou de outro, envolvendo a todos, e talvez ache interessante deixar sua opinião. Comente e vote. Isso mostra que somos cabeças pensantes. Aproveite o vídeo, leia as descrições e opine. Divirta-se:


A primeira questão que ela levanta é se o carnaval é originalmente brasileiro, assim como a mídia em geral nos faz pensar. Resposta: NÃO. Segundo Tatiane Xeres (link original aqui) "o carnaval começou nos cultos agrários da Grécia, de 605 a 527 a.C. 


O Carnaval Pagão, esse que as pessoas pulam, começou quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e, terminou, quando a Igreja Católica adota a festa em 590 d.C. O primeiro foco se localizava no Egito. A festa era nada mais que dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais. Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de válvulas de escape. 
É nessa época que sexo e bebidas se fazem presentes na festa. Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. O Carnaval Cristão passa a existir quando a Igreja Católica oficializa a festa, em 590 d.C. Antes, a instituição condenava a festa por seu caráter “pecaminoso”. No entanto, as autoridades eclesiásticas da época se viram num beco sem saída. Não era mais possível proibir o Carnaval. Foi então que houve a imposição de cerimônias oficiais sérias para conter a libertinagem. Mas esse tipo de festa batia de frente com a principal característica do Carnaval: o riso, a brincadeira... É só em 1545, no Concílio de Trento, que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua. Em 1582, o Papa Gregório XIII transforma o Calendário Juliano em Gregoriano e estabelece as datas do Carnaval."  E daí, você ainda acha que o carnaval é brasileiro e uma festa pura, que crianças podem pular?


Segunda questão: O carnaval é uma festa popular? É do povo? Segundo ela colocou, realmente NÃO. 
Camarotes VIP, empresas de abadás, cervejas e outras que florescem nesta época são os que realmente se "divertem". As escolas de samba também, na verdade, são empresas. Lucros e mais lucros. Percebe-se isso, por exemplo, no carnaval de salvador. Você acha que os trios elétricos com os artistas famosos do carnaval nordestino, se apresentam DE GRAÇA? Acha que fazem isso por amor aos foliões? CLARO QUE NÃO. 
Assistindo notícias sobre o o carnaval pela TV, rapidamente localizei as diferenças e discriminações. Há os chamados "PIPOCAS", que ficam pulando do lado de fora dos blocos (por não terem dinheiro, por exemplo) que acabam apanhando e arrumando confusão. Com isso somente os abastados (e turistas que vão gastar dinheiro por lá) que ficam no meio da festa (de verdade).  E o povo? Você ainda acha que o carnaval é popular, a festa do povo?


Terceira questão: Músicas. Segundo ela (e não estamos falando da Rádio Núcleo Base - a rádio diferente, que sempre toca, 24h por dia, música de qualidade) os "hits do momento" chamados "melô da mulher maravilha" e outros desse tipinho, ficam enchendo os ouvidos das pessoas e as músicas de verdade ficam em segundo plano. Quem ganha? As gravadoras que ainda apostam nessas porcarias e vendem, neste pequeno espaço de tempo, seus míseros produtos. Eu sou pai, e na minha casa, É PROIBIDO ouvir essas músicas. Afinal o que tem de interessante nessas músicas? Se aprende alguma coisa além de vulgaridade e porcarias? Quem é que gostaria, por exemplo, de ver suas filhas e mulheres dançando na "boquinha da garrafa". Minha filha atualmente tem 15 anos e em casa é vetada de ouvir essas baboseiras. Também sou músico, por isso SEI MUITO BEM DO QUE ESTOU FALANDO. Aproveite para clicar no play e curtir as músicas de VERDADE, aqui na Rádio Núcleo Base.


Quarta questão: RECURSOS PÚBLICOS DIRECIONADOS PARA ATENDER BÊBADOS, ARRUACEIROS E VALENTÕES, através de médicos, ambulâncias, remédios e curativos que na verdade, é o governo quem banca, com verbas que saem dos impostos. Em outras palavras, esse dinheiro sai do bolso dos contribuintes. Do meu e do seu. Ainda há a polícia. Você ja viu como tem policial na TV quando passa o carnaval? E se você olhar nas ruas, você consegue encontrar algum policial em algum lugar? Se você precisar, mesmo que nos outros dias, você pode contar com a polícia? Você pode sair a noite, tranquilo, e andar (nem que seja por alguns quarteirões) para se deslocar? Essa é um a face desse "carnaval". Você ainda pensa que o carnaval é muito legal?


Quinta questão: o carnaval é uma festa maravilhosa, e move a economia. MENTIRA. Os pequenos comerciantes conseguem aumentar seus lucros vendendo "latinhas e churrasquinhos". Segundo a Rachel, e eu concordo plenamente, o carnaval só dá lucro para donos de cervejaria, proprietário de trio elétrico, e artistas baianos que tem certo "prestígio" local e até nacional (por causa da mídia). O resto é PREJUÍZO
O custo mostrado acima, por exemplo. Ainda há as indenizações por morte, invalidez causados por foliões bêbados, traídos (cornos que vêem suas mulheres nuas ou semi-nuas se esfregando em outros e coisas deste calibre), e pessoas que gostam de confusão e estão no lugar certo - no carnaval - onde tudo é permitido. Gastos com procedimentos para meninas que engravidam, mesmo não querendo, mas como tudo é permitido, tudo bem. Depois elas "tiram" (ou fazem uma curetagem, nos termos técnicos). Custos em remédios para DSTs. Isso mesmo, AIDS, Sifilis, Gonorréia e outras doenças que o sistema de saúde deve prover remédios para curar. De onde vem o dinheiro para isso? De novo, do meu bolso e do seu.


Você acha isso legal? Você ainda vê o canaval como apenas uma festa para o povo se divertir, um feriado para aproveitar, se soltar com máscaras e carregar as baterias (cachaça não carrega bateria em lugar nenhum) para continuar as atividades corriqueiras no ano que segue?


Eu não. Ainda encontrei outros vídeos e relatos de repúdio ao que essa jornalista citou no vídeo. Esses repúdios geralmente eram feitos por pessoas que participam ativamente do carnaval, em um lugar ou outro. E ainda, a maior parte delas é jovem e quer "só festa" segundo eles mesmos. Ainda bem que temos cabeças pensantes, e muitas delas jovens e bem jovens. Isso ajuda a contra-balançar essas questões.


Comente, vote e deixe suas opiniões, mesmo que avessas às nossas.

Você concorda com a Rachel Sheherazade, que o carnaval não é uma festa "do povo", nem originalmente "do Brasil" e nem é uma festa "divertida", onde apenas as pessoas se soltam?
Concordo plenamente
Concordo, mas gosto de carnaval
Discordo
Ja bebi demais e não consigo ler...


Eu também vou ficar esperando a quarta-feira de cizas. E você? 
Por Ziggy Stardust para a coluna Conta-Gotas da Rádio Núcleo Base - a rádio diferente ...


http://radionucleobase.blogspot.com

3 comentários:

Charles Netto disse...

Esta de parabéns pelo post que faz uma tão bela observação!!!! Eu concordo em grau, gênero e número! É isso ai mesmo valeu!

Tiago Marques "O Geertz" disse...

Concordo!

marcelo duff disse...

concordo plenamente, alem de as pessoas gastarem ate o q nao tem e começarem o ano no vermelho sem falar das bebedeiras,confusoes e correrias nas estradas causando mortes ate de pessoas q nao tem nada a ver com o tal do carnaval. abraço!!

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